Com a publicação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, as opções metodológicas subjacentes a este normativo legal assentam no desenho universal para a aprendizagem e na abordagem multinível no acesso ao currículo.

Esta abordagem baseia-se em modelos curriculares flexíveis,  no  acompanhamento  e  monitorização  sistemáticas  da eficácia do contínuo das intervenções implementadas, no diálogo dos docentes com os pais ou encarregados de educação e na opção por medidas de apoio à aprendizagem, organizadas em diferentes níveis de intervenção, de acordo com as respostas educativas necessárias para cada aluno adquirir uma base comum de competências, valorizando as suas potencialidades e interesses.

Assim, afasta-se a conceção de que é necessário categorizar para intervir, procurando-se garantir que o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória seja atingido por todos, ainda que através de percursos diferenciados, os quais permitem a cada um progredir no currículo com vista ao seu sucesso educativo.

Nos últimos anos, o Agrupamento de Escolas de Mafra tem-se constituído uma referência relativamente à implementação de práticas educativas que potenciam a realidade de uma escola inclusiva, reconhecidas por toda a comunidade educativa.

O desenvolvimento de diversos projetos pioneiros no que diz respeito a práticas de educação inclusiva, permitem potenciar a plena integração de todos os alunos, dando-lhes uma resposta educativa adequada, acompanhando-os e apoiando-os ao longo de todo o seu percurso escolar, percorrendo os diferentes níveis de educação e ensino.

A constituição de um Centro de Apoio às Aprendizagens disponibilizando, entre outros, diferentes espaços no âmbito da multideficiência e do ensino estruturado para alunos com perturbações do Espectro do Autismo, tem-se revelado de enorme importância para o desenvolvimento de diversos projetos inovadores, no que diz respeito à integração e educação destes alunos potenciando a sua progressiva autonomia, cidadania e integração na comunidade educativa.